Gratuito e obrigatório por lei desde 2010, o Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal deve ser feito em todos os bebês ainda na maternidade. Toda criança que nasce no Hospital Universitário já sai com os exames de pezinho, orelhinha, olhinho, ortolani e linguinha.
O teste da orelhinha é um exame capaz de detectar possível perda auditiva, já nos primeiros dias de vida do bebê. Sabendo que de cada 1000 nascidos vivos cerca de três apresentam alguma alteração na audição, podemos compreender a importância da realização do teste.
De acordo com o pediatra do Hospital Universitário, Cristiano Guedes, o teste é simples, rápido e indolor e pode ser realizado com o bebê dormindo ou durante a amamentação. “O bebê que falha no teste é encaminhado para exames complementares, para fazer diagnóstico e tratamento o mais precoce possível”, acrescenta ele.
Existem alguns critérios para classificar os recém-nascidos como tendo mais chances de nascerem ou perderem a audição precocemente. Nesses critérios são levados em conta a prematuridade, o baixo peso ao nascer, a permanência em UTI nos primeiros dias de vida e possíveis doenças que a mãe possa ter adquirido durante a gestação. “Quanto antes forem detectadas as alterações mais cedo poderá ser iniciado o tratamento, reduzindo os prejuízos de linguagem, fala, sociais e cognitivos que uma perda auditiva pode causar em uma criança”, reforça o Dr. Cristiano.
O maior benefício do teste é tentar ao máximo proporcionar aos recém-nascidos uma vida sem perdas auditivas, mesmo que para isso sejam necessários tratamentos, implantes ou sessões de terapia com médicos otorrinolaringologistas ou fonoaudiólogos. Quando um bebê apresenta teste normal, mas tem algum fator de risco para a deficiência auditiva, se faz extremamente necessário um acompanhamento para monitorar o desenvolvimento da linguagem, fala e audição até aproximadamente dois a três anos de idade.
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