Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 (pela primeira vez desde 1994), o país não bateu a meta de vacinação em nenhuma das 15 vacinas do calendário público. Entre as principais causas da diminuição da cobertura nacional estão a falsa sensação de segurança causada pelas doenças controladas e extintas, e a veiculação de fake news.
A prevenção de doenças transmissíveis mediante a vacinação é considerada um dos maiores sucessos em saúde pública, além de ser uma das medidas mais seguras para os sistemas de saúde. A vacinação em massa, respeitando-se os calendários definidos, têm evitado milhões de óbitos e incapacidades ao longo da história, controlando a evolução de várias patologias.
Doenças que estavam eliminadas estão ressurgindo após uma campanha contra as vacinas. “As vacinas são responsáveis por eliminar e erradicar várias doenças infecciosas pelo mundo, elas são reconhecidamente eficazes e seguras e são testadas em grande número de pessoas. Não existe porque ter medo das vacinas! Devemos ter medo sim da doença, elas que são realmente prejudiciais”, explicou a pediatra e infectologista do Hospital Universitário de Jundiaí, Dra. Márcia Borges Machado.
A tecnologia hoje vem permitindo uma aceleração de todo o processo de desenvolvimento das diversas vacinas. “Os efeitos adversos delas são infinitamente menores do que os efeitos da doença. O grande objetivo é prevenir óbitos”, concluiu a dra.
Para evitar opiniões controvérsias diante da vacinação é preciso ouvir um órgão competente. “É preciso evitar as fake News. Se a pessoa quer se informar deve procurar um órgão responsável como a Sociedade Brasileira de Pediatria ou a Sociedade Brasileira de Infectologia”, disse Márcia.
A decisão dos pais em não vacinar seu filho pode causar danos à saúde da criança e também a terceiros, portanto o calendário de vacinação deve ser mantido e atualizado.
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