São diversos motivos que levam os pais ao pronto socorro com seus filhos, mas um que é muito relevante é a presença de “corpos estranhos” no nariz, garganta ou ouvido das crianças. O incidente é frequente entre os pequenos, mas quando isso acontece em casa, o desespero bate e é comum ficar sem saber o que é fazer. É preciso ter atenção nos casos que os pais não percebem o ocorrido na hora ou aqueles que querem resolver logo e têm algumas atitudes precipitadas, que podem agravar o problema.
Não tentar tirar com pinça ou outro objeto é uma das recomendações do otorrinolaringologista do Hospital Universitário, Dr. Edmir Américo Lorenço. “O ato poderá piorar a situação. Sempre que isso ocorrer, é preciso levar a criança o quanto antes a um Pronto-atendimento”.
O profissional reforça para não oferecer brinquedos e objetos com peças muito pequenas e que é preciso sempre explicar que não se devem introduzir corpos estranhos nas narinas, orelhas ou levá-los à boca.
A presença de um corpo estranho no ouvido pode gerar dificuldade para escutar, sensação de entupimento e até mesmo lesão na membrana do tímpano. A criança pode queixar-se de dor ou de ouvido tampado e, eventualmente, pode ter saída de sangue ou secreção pelo canal externo do ouvido.
Já a introdução de objetos no nariz pode acarretar em obstrução, secreção e sangramento provenientes de apenas um lado do nariz, além de odor fétido nasal. Em ambos os casos, pode gerar infecção se a situação não for resolvida a tempo.
Muitas vezes, as crianças podem não admitir que introduziram objetos no ouvido ou no nariz e os corpos estranhos inanimados podem ficar imperceptíveis por meses ou anos, sem sintomas.
Todo objeto pequeno e que caiba, pode ser introduzido na narina ou na orelha, ou entrar espontaneamente como comenta o especialista. Exemplos: pedaços de plástico, brincos, grãos de feijão, milho, borboletas, joaninhas, pernilongos, baratas e todos os insetos pequenos, além de isopor, papel e muitos outros.
Existe um tipo de corpo estranho que merece atenção especial: pequenas baterias e pilhas. Isto porque elas podem causar uma reação inflamatória intensa, com a liberação do conteúdo alcalino, uma vez que entrem em contato com a mucosa da boca, nariz ou ouvido.
Para prevenção a dica é modificar o ambiente domiciliar, o posicionamento dos objetos presentes no lar, para que o que for potencialmente perigoso fique longe do alcance das crianças, e redobrar a atenção aos menores.
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