O número de internações de crianças com a Covid-19 vem aumentando nos hospitais públicos e privados de São Paulo. Segundo a Diretora clínica do Hospital Universitário de Jundiaí, Márcia Borges Machado, houve um crescimento bastante significativo, que deve ser encarado – sem alarmismo ou pânico - com atenção redobrada aos possíveis sintomas.
É nítido o crescimento do número de casos em todas as faixas etárias. Os sintomas em crianças são semelhantes aos de qualquer outra virose e, por isso, também podem ser acompanhados de algumas alterações gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia ou vômitos, por exemplo. Ao contrário dos adultos, a falta de ar não parece ser comum nas crianças, explica a médica, lembrando que pelas características, podemos, assim como nos adultos, contar com crianças assintomáticas.
“Algumas crianças apresentam síndrome inflamatória multissistêmica, na qual vários órgãos do corpo, como o coração, pulmões, pele, cérebro e olhos ficam inflamados e geram sintomas como febre alta, dor abdominal intensa, vômitos, aparecimento de manchas vermelhas na pele, mãos e pés azulados e cansaço excessivo. São sintomas bem mais inespecíficos e não são necessariamente sintomas respiratórios, e isso pode confundir o diagnóstico”, reforça.
A orientação da pediatra é para que os pais redobrem os cuidados com os filhos, pois as crianças com menos de dois anos não podem usar máscara, por isso, as pessoas que convivem devem ficar atentas. “Elas são indefesas e ainda não existem vacinas para menores de 18 anos”, ressalta.
Sinais e sintomas
Os pais devem ficar atentos aos sinais: sintomas gripais, falta de ar, perda de apetite, febre que não melhora com os dias, sinal de sangramento, dor abdominal ou manchas pelo corpo são indicativos da necessidade de procurar por atendimento.
A pediatra reforça a necessidade das medidas de prevenção. “Este é o pior momento da pandemia, em que todos estão cansados e o vírus, se multiplicando. Não saia de casa, evite aglomerações, use máscara adequadamente, passe álcool em gel nas mãos. O isolamento social também deve ser seguido pelas crianças, valendo também para o contato com amigos e parentes que moram em outras residências”.
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