As tão sonhadas férias chegaram e a garotada está ansiosa para gastar energia com brincadeiras e atividades. Crianças e adolescentes cheios de disposição, dentro de casa ou em atividades ao ar livre, exigem atenção redobrada para minimizar os riscos à saúde decorrentes de acidentes domésticos e machucados mais graves.
De acordo com a pediatra e vice-diretora clínica do Hospital Universitário de Jundiaí (HU), Dra. Márcia Borges Machado, até pelo menos os seis anos de vida, a criança precisa ser monitorada, pois ainda não detém maturidade para identificar situações de risco. “Para evitar a intoxicação exógena, causada pelo contato ou ingestão de produtos químicos, é importante não deixar ao alcance das crianças os produtos de limpeza e medicamentos, esses devem ser armazenados em locais altos”, orienta.
O calor instiga a criançada a pular na piscina. Frequentar a água para se refrescar (e isso inclui lagos, cachoeiras, praia) é um tipo de divertimento que necessita de atenção redobrada dos pais.
No caso das piscinas, a médica pediatra dá uma dica importante: “Sempre deixar as crianças com boias, ainda que a piscina seja rasa. E lembrar que nada substitui a presença de um responsável que esteja atento a todo instante, lembrando que a criança pode se afogar em quantidades mínimas de água, como até 20 centímetros".
Cozinha não é lugar de criança. De qualquer forma, as dicas são manter cabos de panelas sempre virados para a parte interna do fogão; garantir que gavetas com objetos pontiagudos (facas, garfos) e vidros estejam bem fechadas; e não colocar sobre a mesa toalhas longas, pois geralmente as crianças têm a curiosidade de puxá-las.
Nos quartos e salas, os cuidados devem ser com as “divertidas” escaladas em armários e gavetas. “Acidentes em que as crianças sobem nos móveis e estes acabam por cair sobre elas são bem comuns. Dependendo da força do impacto, podem causar traumatismo craniano e até rompimento de órgãos internos como fígado e baço”, cita a médica. Vias de regra, a dica é não deixar as crianças sozinhas nestes ambientes e, sempre que possível, fixar tais objetos nas paredes.
Na hora de brincar na rua com bicicletas e skates, Dra. Márcia recomenda não esquecer os kits de proteção, com cotoveleira, capacete e joelheira.
Mesmo com tantos cuidados, os acidentes ainda podem ocorrer, afinal as crianças têm muita energia para gastar e não é possível prevenir 100% das situações de risco. Caso um acidente venha a ocorrer, é importante que os pais mantenham a calma para ajudar a criança e procurem auxílio nos serviços de emergência.
Os pais devem sempre monitorar as crianças, fazendo uma supervisão direta. A rotina da família deve ser adaptada para que a criança não seja exposta a riscos previsíveis.
Seu E-mail está completamente SEGURO conosco.